Perfil de jovens criminosos

 Perfil dos jovens que cometem os crimes de ataque as escolas.

foto da internet

Nos últimos anos, o Brasil tem presenciado uma série de crimes violentos em escolas, que chocam a sociedade e levantam questionamentos sobre as motivações e o perfil dos autores desses atos. Em março de 2023, um adolescente de 13 anos invadiu uma escola estadual em São Paulo, matou uma professora e feriu outras quatro pessoas com uma faca e uma tesoura. O garoto usava uma máscara de caveira e anunciou o ataque em uma rede social, onde interagia com outros jovens que idolatravam os responsáveis por massacres como o de Suzano, em 2019.

Mas quem são esses jovens que cometem os crimes de ataque as escolas? Quais são as suas características, os seus interesses, as suas influências? Segundo especialistas, não há um perfil único ou uma causa específica que explique esse fenômeno, mas sim uma combinação de fatores individuais, familiares, sociais e culturais que podem levar a um comportamento violento e extremo.

Alguns dos fatores individuais que podem estar presentes nesses jovens são: baixa autoestima, dificuldade de relacionamento, isolamento social, depressão, ansiedade, impulsividade, agressividade, falta de empatia, desesperança, frustração, vingança e fascínio pela morte. Esses fatores podem ser agravados por situações de bullying, discriminação, abuso, violência doméstica ou traumas.

Alguns dos fatores familiares que podem influenciar nesses jovens são: ausência ou negligência dos pais ou responsáveis, falta de afeto, diálogo e limites, conflitos familiares constantes, exposição a modelos violentos ou permissivos e dificuldade de monitorar o uso da internet e das redes sociais.

Alguns dos fatores sociais que podem contribuir para esse fenômeno são: a banalização da violência na mídia e na cultura popular, a glamorização dos autores de ataques em escolas como heróis ou mártires, a existência de grupos virtuais que incentivam e apoiam esses crimes, a fácil acesso a armas brancas ou de fogo e a falta de políticas públicas de prevenção e proteção.

Diante desse cenário complexo e desafiador, é preciso que a sociedade como um todo se mobilize para evitar que mais tragédias aconteçam. É fundamental que as escolas sejam espaços seguros, acolhedores e inclusivos, onde os alunos possam desenvolver suas potencialidades e expressar suas emoções. É essencial que as famílias estejam atentas aos sinais de sofrimento dos seus filhos e busquem ajuda profissional quando necessário. É imprescindível que as autoridades competentes fiscalizem o uso da internet e das redes sociais pelos jovens e punam os responsáveis por incitar ou praticar a violência. E é indispensável que a sociedade promova uma cultura de paz, respeito e solidariedade entre as pessoas.