O valor de mercado da Petrobras no governo Lula 2023

foto da internet

A Petrobras, a maior empresa estatal do Brasil, tem enfrentado uma série de desafios e turbulências desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023. A companhia, que já vinha sofrendo com os impactos da pandemia de Covid-19 e da Operação Lava Jato, viu seu valor de mercado despencar nos primeiros meses do ano, em meio a incertezas sobre o futuro da política de preços dos combustíveis e da privatização de alguns ativos.

Segundo dados da TC Economatica, a Petrobras perdeu R$ 12,7 bilhões de valor de mercado na primeira semana do governo Lula, após o presidente determinar que os ministros tomassem providências para interromper o processo de venda de refinarias, gasodutos e termelétricas da estatal. A decisão contrariou o mercado e os acionistas minoritários, que esperavam uma maior abertura e competição no setor de energia.

Além disso, a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para assumir o comando da Petrobras também gerou desconfiança e insatisfação entre os investidores. Prates é conhecido por ser crítico à atual política de preços da empresa, que segue a paridade internacional do petróleo, e por defender uma maior intervenção do governo na gestão da companhia.

Desde que tomou posse, Prates tem afirmado que pretende mudar a política de preços dos combustíveis, para evitar repasses imediatos das oscilações do mercado internacional aos consumidores brasileiros. No entanto, ele ainda não apresentou um modelo alternativo nem um cronograma para implementar as alterações.

A demora na mudança de política de preços da Petrobras tem abalado a relação entre Lula e Prates, segundo fontes ouvidas pela Reuters. O presidente estaria insatisfeito com o ritmo das mudanças e pressionando o CEO da estatal por resultados. Prates, por sua vez, estaria aguardando a renovação completa da diretoria e do conselho de administração da empresa, prevista para o final de abril, para realizar as mudanças estratégicas.

Nesta quarta-feira (5), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo exigirá que a Petrobras amorteça as cotações dos combustíveis, em um sinal claro dos rumos pretendidos para a política de preços na estatal. Ele disse que Lula determinou que a petroleira e o seu governo trabalhem para reduzir os impactos na inflação de eventuais altas no diesel e na gasolina.

A medida deve provocar uma redução entre R$ 0,22 a R$ 0,25 no preço do combustível nas bombas. Ele não explicou como isso será feito nem qual será o impacto para os cofres da Petrobras. Horas depois, a empresa divulgou um comunicado à imprensa negando a mudança. "A companhia confirma que não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia a respeito da alteração da Política de Preços", dizia a nota.

O impasse entre o governo e a Petrobras sobre a política de preços dos combustíveis tem gerado preocupações sobre a autonomia e a sustentabilidade financeira da empresa. A interferência política na gestão da estatal pode afetar sua capacidade de investimento, sua competitividade e sua credibilidade no mercado.

O valor de mercado da Petrobras reflete essa situação de instabilidade e incerteza. Segundo dados da B3, a empresa fechou o pregão desta quarta-feira (5) valendo R$ 271 bilhões, uma queda de 18% em relação ao final de 2022. A Petrobras é hoje a quarta maior empresa listada na Bolsa brasileira, atrás de Vale, Itaú Unibanco e Magazine Luiza. 

Vale lembrar que esse governo atual,governo do PT, deu um prejuízo de  R$ 6,2 bilhões contabilizados no balanço.

Você confia neste governo atual, neste governo do Lula?

Deixem seus comentários;