“Nós derrotamos o bolsonarismo”, diz Barroso em evento da UNE

Se alguém ainda tinha alguma dúvida, de que lado os ministros do STF, estavam, agora não tem mais! O ministro Barroso diz....

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso fez críticas ao “bolsonarismo” e reagiu às vaias que recebeu de um grupo ligado a profissionais da área de enfermagem, nesta quarta-feira (12), enquanto discursava no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Neste post, vou analisar as declarações do ministro e os motivos das manifestações contra ele.

Barroso afirmou que o “bolsonarismo” é uma “versão tropical do fascismo” e que representa uma “ameaça à democracia”. Ele disse que o movimento é composto por “milícias digitais” que espalham “mentiras e ódio” nas redes sociais. Ele também defendeu a realização das eleições de 2022 com urnas eletrônicas, contrariando o presidente Jair Bolsonaro, que defende o voto impresso.

As vaias ao ministro partiram de um grupo de cerca de 50 pessoas que se identificaram como enfermeiros e estudantes de enfermagem. Eles protestavam contra a decisão do STF de suspender a vacinação obrigatória dos profissionais de saúde contra a covid-19. Eles também criticavam o ministro por ter votado a favor da liberação do aborto para grávidas infectadas pelo vírus zika.

Barroso reagiu às vaias dizendo que respeitava a liberdade de expressão, mas que não se intimidava com “gritaria”. Ele disse que tinha “coragem moral” para defender suas convicções e que não se deixava influenciar por “pressões políticas ou ideológicas”. Ele afirmou que sua atuação no STF era pautada pela “razão pública” e pelo “interesse nacional”.

O discurso do ministro foi aplaudido por grande parte dos estudantes presentes no congresso da UNE, que é uma entidade histórica de oposição aos governos autoritários e conservadores. A UNE também se posicionou contra o “bolsonarismo” e em defesa da democracia, da ciência e da educação pública.