Guerra em Israel: Mortes passam de 1,3 mil

 

Mortes passam de 1,3 mil, e Israel anuncia bloqueio de Γ‘gua, comida e energia em Gaza no 3ΒΊ dia de guerra


O ExΓ©rcito israelense informou, nesta segunda-feira (9), que retomou o controle de territΓ³rios no sul do paΓ­s atacados pelo Hamas perto da Faixa de Gaza, cujo “cerco total” foi ordenado como resposta Γ  ofensiva sem precedentes deste grupo islΓ’mico palestino.

No terceiro dia da ofensiva militar inΓ©dita, classificada por Israel como semelhante aos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o ExΓ©rcito israelense anunciou que “controla” partes ao sul, onde havia infiltrados do Hamas, mas admitiu que “ainda pode haver terroristas na regiΓ£o”, segundo um porta-voz militar.

Mais de 700 israelenses morreram, e 2.150 ficaram feridos nos ataques, de acordo com um novo balanço publicado pelo Exército na manhã desta segunda-feira.

No primeiro dia, os islamitas mataram até 250 pessoas que participavam de um festival de música perto do enclave palestino, segundo a ONG Zaka, que ajudou nas operaçáes de recuperação dos corpos.

O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, ordenou nesta segunda-feira um “cerco total” deste enclave.

“Estamos impondo um cerco total Γ  Gaza (…) nem eletricidade, nem comida, nem Γ‘gua, nem gΓ‘s, tudo bloqueado”, disse Gallant em um vΓ­deo.

“Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade”, acrescentou o ministro.

No interior desta regiΓ£o, mais de 123 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, informou nesta segunda-feira o EscritΓ³rio das Naçáes Unidas para a Coordenação de Assuntos HumanitΓ‘rios (OCHA, na sigla em inglΓͺs).

– RefΓ©ns civis e militares –

O ExΓ©rcito israelense tambΓ©m concentra seus esforΓ§os em salvar os mais de 100 cidadΓ£os sequestrados pelo Hamas, de acordo com o governo, ocorrΓͺncia sem precedentes na histΓ³ria do paΓ­s.

“O que aconteceu nΓ£o tem precedentes em Israel”, reconheceu o primeiro-ministro do paΓ­s, Benjamin Netanyahu.

Segundo as forΓ§as israelenses, 1.000 combatentes deste grupo islΓ’mico participaram da “invasΓ£o de Israel”, afirmou um porta-voz na rede social X (antigo Twitter).

“Civis e soldados estΓ£o nas mΓ£os do inimigo, sΓ£o tempos de guerra”, afirmou o chefe do ExΓ©rcito israelense, general Herzi Halevi.

Netanyahu pediu aos cidadΓ£os de seu paΓ­s que se preparassem para uma guerra “longa e difΓ­cil” e o ExΓ©rcito anunciou que removeria todos os habitantes das Γ‘reas prΓ³ximas da Faixa de Gaza.

Em JerusalΓ©m, sirenes de alerta antifoguetes foram acionadas por volta do meio-dia (6h no horΓ‘rio de BrasΓ­lia), seguidas rapidamente por vΓ‘rias explosΓ΅es, relataram jornalistas da AFP nesta localidade.



VΓ‘rios cidadΓ£os de outros paΓ­ses morreram na ofensiva, alguns com dupla nacionalidade israelense, incluindo 12 tailandeses, 10 nepaleses e quatro americanos. Pelo menos trΓͺs brasileiros estΓ£o desaparecidos e um, hospitalizado, de acordo com o governo.

“Γ‰ de longe o pior dia da histΓ³ria de Israel”, declarou o porta-voz do ExΓ©rcito deste paΓ­s, para o qual o ataque pode ser “ao mesmo tempo um 11 de Setembro em um [ataque a base militar] Pearl Harbor”.

Jonathan Panikoff, diretor da Iniciativa de SeguranΓ§a do Oriente MΓ©dio Scowcroft, considera que “Israel foi pego de surpresa neste ataque sem precedentes”, e “muitos israelenses nΓ£o entendem como isso pΓ΄de acontecer”.

– “Tudo falhou” –

Para Yaakov Shoshani, de 70 anos, morador da cidade israelense de Sderot, perto da Faixa de Gaza, “todos os sistemas fracassaram, sejam os serviΓ§os de informação, de InteligΓͺncia militar, civil, os sistemas de detecção, a cerca da fronteira, tudo falhou”.

O ataque do Hamas tambΓ©m foi condenado por diversos paΓ­ses ocidentais. Os Estados Unidos comeΓ§aram a enviar ajuda militar a Israel no domingo (8), alΓ©m de direcionarem seu porta-aviΓ΅es “USS Gerald Ford” para o MediterrΓ’neo.

Nesta segunda-feira, a China condenou quaisquer “açáes que atentem contra os civis” e defendeu um cessar-fogo. A RΓΊssia e Liga Árabe, que rejeita a violΓͺncia “de ambos os lados”, disseram que vΓ£o trabalhar para “pΓ΄r fim ao derramamento de sangue”.


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