Lula defende o uso de uma moeda alternativa ao dΓ³lar no comΓ©rcio internacional entre os paΓ­ses do Brics

 O presidente Lula (PT) defendeu o uso de uma moeda alternativa ao dΓ³lar no comΓ©rcio internacional entre os paΓ­ses do Brics – Brasil, RΓΊssia, Índia, China e África do Sul. Essa proposta nΓ£o Γ© nova e jΓ‘ vem sendo discutida hΓ‘ anos pelos lΓ­deres dessas naçáes emergentes, que buscam maior autonomia e integração econΓ΄mica.

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Mas como seria essa moeda alternativa? Quais seriam os benefícios e os desafios de sua implementação? E qual seria o impacto para o Brasil e para o mundo?

Neste artigo, vamos tentar responder a essas perguntas, com base em informaçáes de fontes confiÑveis e especialistas no assunto.

O que Γ© uma moeda alternativa ao dΓ³lar?

Uma moeda alternativa ao dólar é uma forma de pagamento que não depende da moeda norte-americana para realizar transaçáes comerciais e financeiras entre países. Ela pode ser uma moeda jÑ existente, como o euro ou o yuan, ou uma moeda criada especificamente para esse fim, como o SDR (Direito Especial de Saque), uma unidade de conta do FMI (Fundo MonetÑrio Internacional) baseada em uma cesta de moedas.

O objetivo de uma moeda alternativa ao dΓ³lar Γ© reduzir a dependΓͺncia e a vulnerabilidade dos paΓ­ses em relação Γ s flutuaçáes e Γ s polΓ­ticas monetΓ‘rias dos Estados Unidos, que tΓͺm grande influΓͺncia sobre a economia global. AlΓ©m disso, uma moeda alternativa ao dΓ³lar poderia facilitar o comΓ©rcio e o investimento entre paΓ­ses com laΓ§os econΓ΄micos e polΓ­ticos mais estreitos, como os do Brics.

Por que o presidente Lula defende essa ideia?

O presidente Lula defende a ideia de uma moeda alternativa ao dólar desde que era presidente da República, entre 2003 e 2010. Na época, ele chegou a propor a criação de uma moeda comum entre os países do Mercosul e a realização de comércio bilateral em moedas locais entre Brasil e Argentina. Ele também incentivou o debate sobre o assunto no Òmbito do Brics, grupo que reúne as cinco maiores economias emergentes do mundo.

Em seu terceiro mandato, iniciado em 2023, Lula retomou a defesa dessa proposta como parte de sua agenda de polΓ­tica externa. Em sua primeira viagem internacional como presidente, ele visitou a Argentina e declarou que os ministros da Fazenda dos dois paΓ­ses estΓ£o trabalhando para apresentar uma proposta de moeda comum para o comΓ©rcio entre eles. Ele tambΓ©m sugeriu que se tentasse criar uma moeda comum entre os paΓ­ses do Mercosul e entre os paΓ­ses do Brics.

Para Lula, a criação de uma moeda alternativa ao dΓ³lar Γ© uma forma de fortalecer a integração regional e a independΓͺncia monetΓ‘ria da AmΓ©rica Latina e dos paΓ­ses emergentes. Ele tambΓ©m vΓͺ nessa ideia uma oportunidade de aumentar a participação desses paΓ­ses na governanΓ§a econΓ΄mica global, que hoje Γ© dominada pelos paΓ­ses desenvolvidos.

Quais sΓ£o os benefΓ­cios e os desafios de uma moeda alternativa ao dΓ³lar?

Uma moeda alternativa ao dΓ³lar poderia trazer benefΓ­cios para os paΓ­ses que a adotassem, como:

- Redução dos custos de transação e dos riscos cambiais nas operaçáes comerciais e financeiras entre eles;
- Maior estabilidade e previsibilidade nas relaçáes econômicas entre eles;
- Maior cooperação e coordenação nas políticas monetÑrias e fiscais entre eles;
- Maior poder de barganha e influΓͺncia nas instituiçáes financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial;
- Maior diversificação das reservas internacionais e das fontes de financiamento externo.

No entanto, uma moeda alternativa ao dólar também enfrentaria desafios para sua implementação e funcionamento, como:

- Dificuldade de definir os critΓ©rios tΓ©cnicos e polΓ­ticos para a escolha.


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