Atleta espanhola passa 500 dias de isolamento em uma caverna.

 Você já imaginou como seria passar mais de um ano isolado em uma caverna, sem contato com o mundo exterior, sem luz natural e sem saber que horas são? Essa foi a experiência vivida pela atleta espanhola Beatriz Flamini, que saiu de uma gruta na Andaluzia no dia 14 de abril de 2023, depois de 509 dias de confinamento voluntário.

foto da internet

Beatriz Flamini é uma alpinista de 50 anos, natural de Madrid, que já realizou outras aventuras em montanhas e desertos. Ela decidiu se isolar em uma caverna a 10 quilômetros de Motril, a 70 metros de profundidade, para testar seus limites físicos e mentais. Ela levou consigo apenas livros, material de desenho, lã para tricotar e duas câmeras para registrar sua rotina.

Durante todo o período, ela não teve acesso à internet, ao telefone ou a qualquer instrumento para medir o tempo. Ela também não teve contato direto com ninguém, apenas se comunicava por um aparelho com uma equipe técnica que cuidava de sua segurança e lhe fornecia comida em um ponto da caverna. Ela só saiu da gruta uma vez, por alguns dias, por causa de um problema no seu equipamento de comunicação.

A experiência de Beatriz Flamini foi acompanhada por uma produtora espanhola, Dokumalia, que pretende transformar as imagens gravadas pela atleta em um documentário. O objetivo é mostrar os efeitos do isolamento extremo no corpo e na mente humana, bem como as estratégias de adaptação e superação que ela desenvolveu.

Ao sair da caverna, Beatriz Flamini se mostrou sorridente e satisfeita com o desafio. Ela disse que não sabia o que tinha acontecido no mundo durante sua ausência e que ainda achava que era novembro de 2021. Ela também se surpreendeu ao ver as pessoas usando máscaras por causa da pandemia de Covid-19. Ela afirmou que nunca pensou em desistir da missão, nem mesmo quando enfrentou uma invasão de moscas na gruta. Ela contou que se dedicou a ler, escrever, desenhar, tricotar e aproveitar o momento. Ela disse que se dava muito bem consigo mesma e que teve conversas internas.

Beatriz Flamini é um exemplo de coragem, determinação e resiliência. Sua experiência pode inspirar outras pessoas a enfrentarem seus medos e a buscarem seus sonhos. Ela também pode contribuir para o avanço do conhecimento científico sobre os limites humanos e as possibilidades de adaptação a situações adversas.